Milho: compradores se retiram por falta de entusiasmo

Como os vendedores não se entusiasmaram com a exportação do milho, os compradores acabaram se retirando do mercado, segundo informações divulgadas pelo especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. Ele explicou que, mesmo com o dólar alto, a situação não se resolveu.

“Percebendo que, mesmo com dólar alto, não há vendas de exportação de milho (como vimos ontem) os compradores do mercado interno também se retiraram do mercado por duas razões: a) porque aumentaram o seu abastecimento nos últimos dias; b) para não fazer pressão de demanda, a fim de não empurrar os preços mais para cima”, comenta o especialista.

Além disso, a nova alta de 0,345% do dólar, nesta terça-feira, suplantou com folga a pequena queda na cotação do milho em Chicago, mas, mesmo assim, não foi suficiente para estimular novas vendas de milho para a exportação. “O único estado brasileiro que reportou vendas de milho nesta segunda-feira, continuou sendo o Mato Grosso, que tem uma produção gigantesca e não pode parar de escoar; em todos os outros os vendedores se mantiveram retraídos, com negócios esporádicos ou sem negócios”, completa.

“Com isto, a média dos preços recuou 0,33%, contra um avanço de 0,86% do dia anterior, em Campinas, principal praça de referência do país. Os preços médios ficaram em R$ 36,15/saca contra 36,27/saca do dia anterior, reduzindo para 1,15% (1,48%) o ganho mensal de agosto. Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caiu para R$ 30,60 (30,88 do dia anterior) para setembro e subiu R$ 33,12 (33,05) para dezembro e R$ 34,49 (34,47) para março de 2020”, completa.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems