Milho deve atingir máxima entre abril e junho

Altas dos preços de agora poderão incentivar os agricultores brasileiros a aumentar a área

De acordo com análise da XP Agro, no curto prazo as referências do milho abrem o ano de maneira incerta, diante do impasse entre mercado local e externo. No mercado local, a expectativa é de que compradores se movimentem para adquirir lotes e recompor seus estoques consumidos durante o período de festas.

Visto que produtores permanecem fora de mercado, intermediários e silos tentam inflacionar as referências. Já no mercado externo, a demanda atual é pequena e não mobiliza aumentos de prêmio por parte das tradings. A baixa do dólar, inclusive, pressiona os vencimentos futuros de porto e, de acordo com informantes, novas baixas poderão ser observadas.

A média captada pela XP Investimentos subiu R$ 0,93/sc ou 2,52%, com média a R$ 37,99/sc. “Chamamos atenção para proximidade da colheita de grãos no país. Áreas que tiveram o plantio adiantado e de pivô já apresentam condições de colheita, embora os transbordamentos ainda dividem os agentes consultados. Enquanto indústrias e processadores aguardam um aumento de disponibilidade por conta do avanço das colheitas, a escassez que atingiu parte da região Sul e Centro-Oeste e o inflacionamento dos fretes seguem preocupando”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

“A longo prazo, devemos dividir o tempo entre antes e depois da safrinha. A safra de verão no Brasil deu alguns sinais de seca e isto fez os preços e as cotações subirem significativamente nas últimas semanas. A longo prazo, porém, justamente estas altas dos preços de agora poderão incentivar os agricultores brasileiros a aumentar a área de milho safrinha e, com isto, a perspectiva passa a ser de baixa e a recomendação a de que quem vender antes vai vender melhor. Assim, estimamos que o auge dos preços do milho no ano de 2019 poderão ocorrer novamente entre abril e junho, devendo ser aproveitados para a fixação dos lucros do ano, pelos os agricultores e suas extensões (cooperativas e cerealistas)”, conclui Pacheco.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems