Neonicotinoides estão proibidos na França

No total, a França proibiu cinco inseticidas, dois a mais do que a UE

Desde o início do mês de setembro a os inseticidas neonicotinoides estão com venda e aplicação suspensas na França por suspeita de causar morte em abelhas. De acordo com o governo francês, a medida busca se aproximar ao máximo dos padrões impostos pela União Europeia, mesmo com a medida sendo considerada uma das mais severas já adotadas nesse sentido.

Além dos defensivos imidacloprid, clotianidina e tiametoxam, que serão suspensos de toda a Europa a partir de dezembro de 2018, a França proibiu também o  tiaclopride e a acetamiprida. Para François Veillerette, da associação ambiental Générations Futures, a exposição de mulheres grávidas e crianças a esses defensivos, que chamou de “neurotóxicos” pode ser nocivo para a sua saúde. “Expor crianças pequenas ou mulheres grávidas a esses produtos neurotóxicos não é uma boa notícia para o cérebro humano”, comenta.

Mesmo com a proibição já anunciada, algumas exceções para o uso poderão ser implementadas até o ano de 2020, o que acabou por desagradar alguns ambientalistas. A Bayer, produtora da maioria dos produtos, também não recebeu a notícia da melhor maneira possível e irá entrar na justiça alegando que as proibições são “cientificamente infundadas” e que as medidas estão afetando os seus negócios.

Axel Decourtye, diretor científico do Instituto de Abelhas, em Paris, reconheceu que não existem provas que comprovam que os neonicotinoides podem matar as abelhas. Segundo ele, qualquer defensivo que seja aplicado de maneira incorreta pode causar esse prejuízo. “Qualquer inseticida pode matar abelhas”, comenta.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems