“Agricultura tradicional precisa dar espaço para o jovem”

O futuro da agricultura, passa, principalmente pelo ingresso dos jovens no campo e, com eles, a inclusão das novas tecnologias. Foi isso que informaram Fabio Matuoka Mizumoto, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e sócio da Consultoria Markestrat, Eduardo Eugênio Spers, professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do MarkEsalq e Ricardo Nicodemos, vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA).

“Todas essas novas tecnologias contribuem e até incentivam as gerações Z e Alpha, que incluem os jovens que nasceram entre 1992 e 2010 e a partir de 2010, respectivamente, a ficar no campo, dando sequência aos negócios da família. A continuidade dos negócios depende, é claro, de permissão dos velhos para que os novos experimentem, aprendam e assumam o compromisso de entregar resultados. Tais desafios, aliás, movem essas gerações”, escreveram eles em um artigo que foi publicado no portal especializado CarneTec Brasil.

Os especialistas falam também que, se por um lado, os jovens são mais adeptos à tecnologia da informação, a geração atual carrega a experiência de quem fez e aconteceu. “É nesse sentido que as duas gerações serão fundamentais para a adoção das ofertas das agtechs (start-ups do agronegócio) que prometem revolucionar o patamar de eficiência e rentabilidade no campo por meio de big data, modelos preditivos e automatização de decisões, para citar alguns dos benefícios prometidos”, completam.

“Além do novo produtor envolvido diretamente com o agro, tem outro perfil de jovem que vem ocupando espaço no segmento de insumos e serviços para esse mercado. Muitas startups e agtechs são lideradas por jovens com formação não só na área de agrárias, mas em especialidades como direito, comunicação, administração, economia, matemática, estatística, biotecnologia, física e sistemas de informação”, concluem.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

Crédito: Agropro