Infocafé – 15/10

As operações no mercado cafeeiro retornaram aos trabalhos de forma positiva. Na sexta-feira , feriado no Brasil, a bolsa de N.Y. fechou com +3,65 pontos na posição dezembro e hoje atingiu máxima do dia +3,15 fechando com +2,80 pts.

O dólar comercial fechou em queda de 1,18%, a R$ 3,7340. O mercado continua sendo afetado pelos desdobramentos da campanha eleitoral para a Presidência da  República. No exterior, os mercados reagiam negativamente ao aumento das tensões entre as potências ocidentais e a Arábia Saudita, aos crescentes custos dos empréstimos e ao impacto das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos importados. O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7.700 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,85 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

O boletim da Somar Meteorologia indica que a frente fria se afasta do Sudeste, mas a presença de áreas de instabilidade mantém a chuva neste começo de semana em grande parte da Região, e hoje com os maiores acumulados em Minas Gerais, podendo atingir 35mm. Também ocorrem pancadas de chuva em parte do Centro-Oeste e a chuva alcança o interior do Nordeste, mas com baixos acumulados e de forma passageira. No Sul do país, a chuva estará de volta amanhã, terça-feira, a partir do interior do Paraná, por causa da formação de uma nova área de baixa pressão na altura do Paraguai. Nos próximos 5 dias, os maiores acumulados de chuva poderão atingir 100mm em alguns pontos de Minas. No Espírito Santo, o Conilon por enquanto terá chuva fraca a moderada e o calor continua. Ao longo destes próximos 15 dias, os maiores acumulados de chuva devem se concentrar no centro e sul do país, com a chuva mais pesada principalmente sobre o Paraná e parte de Minas.

Os estoques norte-americanos de café verde caíram 224.641 sacas em setembro de 2018 em comparação com agosto do mesmo ano, conforme relatório mensal da Green Coffee Association (GCA) o total de café verde depositado nos armazéns credenciados pela GCA em 30 de setembro de 2018 chegava a 6.438,220 milhões de sacas.

Cafeicultores de mais de 30 países enviaram na última sexta-feira uma carta a executivos do setor, pedindo medidas imediatas depois que os preços caíram para uma mínima de quase 13 anos no mês passado. “Escrevemos para expressar nossa mais profunda preocupação com a situação atual no mercado de café, que está gerando uma profunda crise econômica, social e potencialmente política, e causando inquietação entre os produtores de café em todo o mundo”, escreveu o Fórum Mundial de Produtores de Café em uma carta dirigida aos principais executivos do setor cafeeiro. O fórum, composto por líderes de associações de cafeicultores de mais de duas dúzias de países, responde por cerca de 85 por cento da produção global. Os preços do café arábica caíram para 92 centavos de dólar por libra em setembro, o menor patamar desde 2005 e muito abaixo do custo de produção em muitos países, após uma safra recorde no Brasil, maior produtor mundial da commodity. Os produtores de café recebem hoje menos de um terço do preço de 1982, disse a carta. As 25 milhões de famílias que dependem do café globalmente estão enfrentando um “processo de pauperização que as leva a uma situação de miséria que é nada menos do que desumana”, acrescentou. O Fórum Mundial de Produtores de Café procurou reuniões no mês passado com grandes clientes como Nestlé, Jacobs Douwe Egberts e Starbucks para encontrar maneiras de resolver a queda nos preços.

Fonte: Mellão Martini