Mercado de festas oferece oportunidades de trabalho e renda em Goiás

Um mercado que movimenta de R$ 17 bilhões no Brasil e, em Goiânia, tem campo fértil. Goianiense realiza festas cada vez mais produzidas e personalizadas, ampliando oportunidades de trabalho e renda

Do buffet, passando pela decoração, sonorização, banda de música, garçons, fotografia, filmagem, bolos, doces a outros serviços e produtos correlacionados como roupas, maquiagem e cabeleireiro, ou seja, festejar dá trabalho e pra muita gente. E ainda bem que é assim. O setor, além de gerar inúmeras oportunidades de emprego e renda, também movimenta muito dinheiro. Só em 2016 [ano mais recente da pesquisa], no auge da crise, foram cerca de R$ 17 bilhões, segundo pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta) ao Instituto Locomotiva. O estudo revela ainda que esse mercado não sofreu queda em comparação aos dois anos anteriores.

Em Goiânia, este é um mercado em ebulição. Em 2016, para se ter ideia, aconteceram 17.402 casamentos na região metropolitana de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E os festejos não param no casamento. Enquanto no passado, a tradição das famílias era de caprichar nas festas de 15 anos e de casamento, os hábitos são outros. Grandes festas para se celebrar os 30, os 40 e os 50 anos andam em alta. Sem falar nas festas de crianças, cada vez mais incrementadas.

Com direto a “save the date”, convite, decoração, trilha sonora personalizada e até lembrancinha para os convidados, as festas movimentam em média R$100 mil, informa Camilla Stival, empreendedora deste setor. Por aqui, ela observa, quem pretende promover um evento maior, precisa reservar o espaço com um ano de antecedência. O mesmo acontece com a contratação dos principais serviços. E para atender a demanda, a cada dia surgem novos espaços, novidades para as festas e, com isso, surgem oportunidade de trabalho a mais pessoas.

“A minha agenda já está fechada até o meio do ano”, diz ela, que é publicitária e, há seis anos, ela trouxe a expertise de criar identidade para grandes campanhas para os eventos sociais e criou a Camilla Stival Festa com Ideia. Seu trabalho é focado da identidade da festa de acordo com os objetivos e personalidade do anfitrião. Começando pela desenvolvimento da logomarca do evento, ela orienta a criação dos convites, a decoração, o setlist e até as lembrancinhas entregues. “É uma especialização dentro deste mercado, que está cada vez mais diversificado”, considera. Sua empresa, que começou com ela e mais um funcionário, emprega hoje sete pessoas.

“No início, tínhamos a preocupação de mostrar que nossa atividade não concorria com os cerimonialistas ou decoradores, a gente estava chegando para agregar. Era um nicho ainda inexplorado e os anfitriões entenderam a diferença que se tem com os detalhes de uma festa que é personalizada e não abrem mão do serviço”, complementa a empresária que, no primeiro ano de empresa organizava, em média, quatro eventos por mês. Hoje faz 15.

Camilla confirma que mesmo uma celebração mais simples, como a comemoração de um aniversário, movimenta uma enorme cadeia econômica que envolve diferentes segmentos e oferecem diversos produtos e serviços, do supermercado onde se compra os ingredientes do cardápio da festa, passando pela pessoa que faz o bolo, até quem trabalha com animação. “O brasileiro gosta de festejar e, ainda que seja uma comemoração mais singela, ele não deixa de celebrar”, opina.

Ela dá o exemplo de sua própria festa de 30 anos, marcada para o dia 23 de março: são 17 fornecedores diferentes, entre cerimonial, sonorização, decoração, buffet, doces e outros itens, para uma celebração voltada para 200 convidados.

Fonte: Comunicação sem fronteiras