OGMs e CRISPR podem reduzir o uso de pesticidas

A utilização de organismos geneticamente modificados (OGMs) na alimentação humana, editados muitas vezes pela técnica CRISPR, podem diminuir consideravelmente o uso de pesticidas na agricultura. Foi isso que afirmaram os geneticistas de plantas da Universidade da Flórida Zhonglin Mou e Kevin Folta, juntamente com sua equipe de estudantes de graduação.

Eles desenvolveram uma pesquisa que confirma que os cientistas continuam a tornar a agricultura mais segura e sustentável com as ferramentas da genética moderna, mas os ativistas empreendem “uma campanha de susto tão eficaz contra a biotecnologia agrícola que muitas vezes permanece sem uso pela indústria”, disseram.

Para o estudo, a equipe utilizou uma técnica comum chamada Transformação de Plantas Mediada por Agrobacterium para testar como dois genes de plantas podem afetar a progressão da doença no Woodland Strawberry. Esses genes, AtELP3 e AtELP4, conferem maior resistência a várias doenças de plantas como podridão antracnose, míldio e mancha angular da folha. Os pesquisadores demonstraram que os genes afetam os processos de doenças no organismo modelo Arabidopsis thaliana, e os efeitos se traduzem na valiosa colheita de morangos.

Ao superexpressar os dois genes nos morangos, os cientistas descobriram que as fruteiras possuíam maior resistência a doenças comuns das culturas, assim como Arabidopsis thaliana. Esta descoberta, eles escrevem, “pode ter o potencial de mitigar os sintomas da doença e reduzir o uso de fungicidas na produção de morango”. Mas a técnica tem aplicação muito mais ampla. “Se funciona aqui, funciona em qualquer lugar”, disse Folta. “Como se o filtro de óleo FRAM se encaixasse no seu BMW, provavelmente funcionaria no seu Chevy, completou fazendo uma analogia com carros.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

Crédito: Pixabay