O campo é delas: mulheres ganham protagonismo no agronegócio

Força feminina está no campo, nos centros de pesquisa, de beneficiamento de sementes, entre outras diversas áreas do agronegócio, e ocupa posições de liderança

As mulheres que fazem parte do agronegócio, além de terem conquistado um espaço importante em suas carreiras, inspiram e fazem o setor avançar com mais equidade de gênero, produtividade e diversidade. Segundo estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA – em conjunto com a Embrapa e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje, as mulheres administram mais de 30 milhões de hectares – 8,4% das áreas rurais do País. De acordo com levantamento do SEBRAE, são cerca de 1 milhão de representantes femininas comandando propriedades do agronegócio no Brasil. Mas, apesar dos avanços, ainda há muitos desafios. A Boa Safra (SOJA3), líder na produção de semente de soja no país, apresenta histórias de mulheres que são reconhecidas e fazem toda a diferença para um setor que, segundo dados do MAPA, fechou 2022 com produção na casa do R$ 1,1 trilhão e tem, como perspectiva, um crescimento de 6,3% para o ano que segue.

Amanda Martins, 22 anos, analista de sistemas

Ao longo da carreira na área de Tecnologia da Informação, Amanda conta que sentiu descrédito nas companhias em que passou justamente por atuar em um ambiente dominado por homens. Antes, trabalhando freneticamente com tecnologia voltada ao ramo da saúde, setor que ficou sobrecarregado durante o pico da pandemia, o estresse se refletia na desmotivação e falta de atenção dos colegas. Por um acaso, entrou no agronegócio, como analista de sistemas na Boa Safra (SOJA3).

“Ao longo dos meses, a Boa Safra me ensinou que o amor se planta e colhe. Entrei no agro por acaso, de forma atípica, e me apaixonei por suas tecnologias, projetos inovadores, programas facilitadores, desde o plantio ao beneficiamento das sementes, e por como esse trabalho é importante para umas das maiores cadeias produtivas do agronegócio. Isso além do time caloroso com diretrizes e gerências de excelência. Hoje tenho certeza do papel da soja: mover o mundo e alimentar as pessoas”, afirma.

Leidy Alves, 23 anos, analista de sementes

Iniciou a carreira como classificadora de sementes e, em um ano, conseguiu qualificar-se profissionalmente migrando para o laboratório de pesquisa na Boa Safra (SOJA3). No período, foi promovida duas vezes, ocupando, hoje, o cargo de analista na sementeira. Antes como única mulher no setor de classificação, se vê agora representada em outras colegas, que vêm invadindo o setor agrícola em várias áreas de atuação. No ano passado, perdeu seu pai para o alcoolismo. Mas com o trabalho conquistou seu carro próprio e se tornou a base familiar para a mãe e cinco irmãos. “Recebi treinamento e desenvolvimento profissional diretamente com a Maria de Fátima Zorato, referência em gestão de qualidade de sementes, financiado pela Boa Safra”, afirma. “Carreguei muito balde com soja e, hoje, posso dizer que me sinto reconhecida e sou motivo de orgulho para minha família”, completa.

Karolyne Moura, 27 anos, analista de processos

Karolyne Moura, analista de sistemas na Boa Safra (SOJA3), é formada em zootecnia. Embora seja uma área que, inicialmente, não tenha relação direta com o agronegócio, Karol comenta que teve direcionamento na carreira desde que entrou na companhia, há dois anos. Começou na área de pesquisa, como estagiária, dentro do laboratório da sementeira e, de lá para cá, realizou cursos e treinamentos internos. Ao saber de uma oportunidade na área de produção, foi indicada pelo próprio gestor, Guilherme Parreiras. Dentro da unidade, tomou como referência outras mulheres, operadoras de empilhadeira e assistentes de campo – comprometidas em visitar fazendas dos produtores integrados.

“A minha maior inspiração, dentro da companhia, é ver como cresci tão rápido e enxergar o reconhecimento em mulheres como Mariana Paim (Gerente de Comunicação & Brand na Boa Safra), que acaba de ser promovida para o cargo de gestão, uma das minhas referências dentro da Boa Safra”, completa.

Daniella Karla Barros, 25 anos, assessora de expansões

A assessora de expansões da Boa Safra (SOJA3), Daniella Karla Barros, estuda arquitetura e conta, empolgada, que, em apenas 2 meses dentro da empresa, vem gerindo o crescimento e expansão nas unidades de beneficiamento da sementeira. Quando questionada sobre o clima organizacional, Daniella Karla exclama: “nem se compara com outras experiências que tive! Aqui, sozinha, pude realizar a obra de reforma do refeitório de uma das unidades, tendo o máximo respeito por parte dos pedreiros e mestre de obras”.

Para ela, o clima organizacional diverso fortalece a mentalidade masculina em relação ao recebimento de colegas no ambiente de trabalho, fomentando relações de companheirismo e de feedbacks que motivam outras a exercerem suas funções em máxima capacidade.

Thalita Matos, 24 anos, auxiliar administrativa

Formada em pedagogia, Thalita está há 4 anos na Boa Safra (SOJA3). O interesse no campo veio da cultura local. A profissional, que entrou como jovem aprendiz, e hoje faz curso de Gestão em Agronegócio, afirma: “O agro, em geral, tem uma presença mais masculina. Ainda assim, recebi aqui a oportunidade de me desenvolver dentro da cultura agrícola e, hoje, fico feliz em exercer minha função administrativa e ser inspiração para outras que querem realizar a gestão do setor, tendo liderança e respeito dos companheiros de trabalho”.

Andreia Cocka, 42 anos, Diretora de Marketing

Com ampla experiência em gestão estratégica para o mercado, Andreia conta que, ao longo de sua carreira, realizou projetos de inteligência mercadológica, atuando entre produtores e seus representantes. Na área de abertura de mercado, por exemplo, esteve à frente da abertura dos canais de vendas pelo centro-oeste, interior de São Paulo e sul do País. Hoje, em cargo de liderança na Boa Safra (SOJA3), percebe a mentalidade avançada de uma companhia que atua dentro do agronegócio, conhecido por projetos ainda embrionários no conceito de diversidade.

A marca é condutora na produção de soja no País por traduzir a inovação, também, em um time de colaboradores comprometidos, diversos e que ajudam a engajar uma mentalidade livre de preconceitos. “Nossa evolução é diária e estamos felizes em abrir oportunidades com perspectiva de gênero em áreas operacionais e administrativas nas novas unidades, inclusive na nossa matriz, aqui na cidade de Formosa (GO)”, finaliza.

Camila Colpo, 33 anos, co-fundadora e presidente do Conselho de Administração

Camila Colpo, como co-fundadora e Presidente do Conselho de Administração da Boa Safra, comemora tantas histórias de sucesso. “Esse debate vem avançando em todas as áreas e no agro não poderia ser diferente. Um setor tão importante para o Brasil precisa da nossa presença nos mais diversos departamentos e cargos”. Agrônoma de formação e com mais de 10 anos de experiência no segmento rural, Camila lembra que “quanto mais espaços as mulheres ocuparem, mais a ideia de que alguns trabalhos são apenas para homens ficará no passado”.

Fonte: Daniela Ossowiec