“Não é apenas que a planta possa ‘sentir’ ou ‘cheirar’ um nemátodo”, disse Schroeder, professor do Instituto Boyce Thompson e professor de química e biologia química na Faculdade de Artes e Ciências de Cornell. “É que a planta aprende uma língua estrangeira e depois transmite algo nessa língua para espalhar propaganda de que ‘este é um lugar ruim’. As plantas mexem com o sistema de comunicação dos nematóides para afastá-los”, completa.
O estudo baseou-se no trabalho anterior da equipe, que mostrou que as plantas reagem ao ascr # 18, o ascarosídeo predominante secretado pelos nematóides que infectam as plantas, reforçando suas próprias defesas imunológicas, protegendo-as de muitos tipos de pragas e patógenos. “Também vimos [nesses estudos anteriores] que, quando o acréscimo 18 foi administrado às plantas, o produto químico desapareceu com o tempo”, disse o principal autor Murli Manohar, pesquisador associado da BTI.
A equipe levantou a hipótese de que nematóides no solo percebem a mistura como um sinal, enviado por plantas já infectadas, para “ir embora” e impedir a superpopulação de uma única planta. Os vermes podem ter evoluído para sequestrar o metabolismo da planta para enviar esse sinal.
“Esta é uma dimensão do relacionamento que ninguém viu antes”, disse Daniel Klessig, membro do corpo docente da BTI e professor adjunto do Departamento de Fitopatologia da Faculdade de Agricultura e Ciências da Vida de Cornell.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
Crédito: DP Nadia Borges