Produtores dos EUA estão pessimistas quanto à China

Um indicador da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, que mede a expectativa dos agricultores do país, diminuiu 18 pontos, a maior queda desde o início da guerra comercial sino-americana. De acordo com economistas da universidade, esse fato se deve as crescentes dúvidas de que uma resolução esteja próxima.

A pesquisa mensal dos produtores agropecuários foi conduzida bem antes da decisão do governo Trump de aumentar as tarifas sobre os US $ 200 bilhões de importações feitas na China, na sexta-feira. “Os produtores estão menos otimistas do que no mês anterior de que a disputa comercial com a China será resolvida em 1º de julho, mas continuam otimistas de que serão resolvidos com termos favoráveis à agricultura dos EUA”, escreveram os economistas James Mintert e Michael Langemeier.

Cerca de 28% dos entrevistados disseram que um acordo era provável em meados do verão, em comparação com 45% no mês anterior. A “incerteza contínua” das relações comerciais EUA-China “é inaceitável para os agricultores dos EUA”, disse Davie Stephens, presidente da American Soybean Association.

“Com os preços baixos e estoques não vendidos previstos para dobrar antes do início da safra de 2019, precisamos que o mercado chinês seja reaberto às exportações de soja dentro de algumas semanas – não meses ou mais”, completa.

O grupo pediu à Casa Branca que chegue a um acordo para remover as tarifas de retaliação da China sobre a soja dos EUA. No passado, a China comprou 1 dos 3 bushels de soja cultivada no país.

Por: AGROLINK –Leonardo Gottems