De acordo com as informações do mestre em Veterinária, Ofir Ramos, que atua como fiscal do Promebull pela Sedap, as propriedades em fase de seleção para a adesão ao programa são dos municípios de Santarém (04), Almerim (01), Alenquer (01) e Monte Alegre (01), na região do Baixo Amazonas; Nova Timboteua (01), Viseu (01) e Terra Alta (01), na região Bragantina; e Parauapebas (01), na região de Carajás. Os produtores selecionados recebem treinamento em manejos genético, nutricional e sanitário.
O programa de melhoramento começou somente com a região do Marajó e está sendo expandido para todo o Estado. De acordo com o especialista, o município com o maior número de propriedades inclusas é Cachoeira do Arari, onde há 19 fazendas com búfalos melhorados geneticamente. Logo em seguida, aparece o município de Salvaterra, com seis propriedades, e Soure e Ponta de Pedras, com uma propriedade cada. “Até o momento nasceram 180 bezerros de alto valor genético nessa região”, explicou Ramos.
A expansão do Promebull já havia sido anunciada pelo secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hugo Suenaga, durante a participação no circuito de palestras sobre o programa, no mês passado, em Cachoeira do Arari. A programação, entre outros objetivos, fez uma avaliação sobre os avanços do Promebull e onde precisa se aperfeiçoar. Belém e Santarém também sediaram o circuito de palestras realizado em parceria entre Faepa, Embrapa e Sedap.
“Estamos expandindo essa iniciativa no Estado. O Promebull tem várias vertentes, tanto para o melhoramento genético do animal como para o desempenho na parte de corte e na leiteira para a obtenção de produtos derivados. Cada vez mais, o Governo do Pará, junto com a iniciativa privada e o terceiro setor, está investindo nessa cadeia tão importante para o Estado”, ressaltou o titular da Sedap, Hugo Suenaga.
Melhorias – Os animais que nascem a partir das inseminações, de acordo Ofir Ramos, são de alto valor genético e econômico e serão capazes de dobrar a média de leite dos produtores do Pará. “O produtor do Marajó produz em média 4,5 litros por animal/dia. Em três anos, através do Promebull, poderemos aumentar para oito a dez litros/dia com o melhoramento genético através das inovações das biotécnicas como a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e a Fertilização InVitro para Transferência de Embrião. É preciso formatar a cadeia produtiva dos búfalos aumentando o valor agregado. Para que isso ocorra e avance efetivamente, é necessário que haja um aprimoramento genético nos rebanhos bubalinos”, detalhou o fiscal.
Ramos explicou, ainda, que o sêmen é ofertado pela Embrapa, adquirido de reprodutores de alta linhagem genética. “Houve uma formalização de cooperação técnica científica entre a Embrapa e a instituição de pesquisa da Índia denominada de Ankush, para a troca de repasse de tecnologia”. De acordo com o levantamento feito pela Sedap, em todo o estado do Pará, há 514.308 cabeças de gados bubalinos.
Fonte: CNA
Crédito: DP