Seguro agrícola para feijão: proteja sua 3ª safra

Já imaginou quanto dinheiro está investido em milhares de hectares de feijão plantados pelo Brasil? Já parou para pensar que em áreas irrigadas este custo é ainda maior? Continue sua leitura e entenda mais sobre a 3ª safra de feijão no Brasil e as formas de se manter seguro diante de tamanhos investimentos 

Em diversas regiões do Brasil, a 3ª safra de feijão está em pleno desenvolvimento. Grande parte dele, em sistema de irrigação, entrando no florescimento, de acordo com o 9º levantamento da safra 21/22, feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E quando falamos em produção de feijão, logo já vem à cabeça uma produção delicada, com grande oscilação de preço de mercado e pouco tempo de armazenamento com garantia de manutenção da qualidade. Uma produção com diversos entraves que não são tão comuns em outras culturas como soja ou milho, por exemplo, principalmente no que diz respeito ao armazenamento e comercialização.

Mas o que é esta 3ª safra de feijão? 

A 3ª safra de feijão surgiu no Brasil como uma alternativa de aproveitamento de áreas propícias para irrigação (com a chegada da tecnologia do pivô central) e de redução da flutuação do preço do produto na entressafra. Além disso, é uma estratégia para manutenção da qualidade do produto para culinária, tendo em vista que o feijão envelhece rapidamente e, por conta disso, o armazenamento por longos períodos fica inviável. Além disso, é uma alternativa para produção de sementes nesta época do ano, quando o clima está mais ameno na maioria das regiões produtoras e, portanto, o feijão é menos afetado por pragas e doenças.

Portanto, o feijoeiro comum passou a ser semeado em 3 safras. A 1ª safra, que vai de outubro a dezembro, enfrenta muitos desafios, uma vez que o feijão pode passar por longos períodos de chuva e altas temperaturas. Este conjunto de fatores gera abortamento de flores e vagens, reduzindo a produtividade.

Na 2ª safra, o feijão pode enfrentar a falta de chuva em períodos cruciais como fase de floração e enchimento de grãos. Além disso, a temperatura é um fator de extrema importância para a cultura do feijão. Segundo estudos, temperaturas abaixo de 15°C podem dificultar a polinização, pois podem reduzir o crescimento normal do tubo polínico, gerando o abortamento de grãos na vagem. Da mesma forma, temperaturas extremas próximas a 35ºC também podem ocasionar o abortamento floral na lavoura.

E é justamente em relação a estes extremos de temperatura que o produtor deve estar atento nesta 3ª safra. Durante este ciclo, algumas regiões podem enfrentar temperaturas extremamente baixas com a ocorrência inclusive de geadas que podem comprometer significativamente a produtividade esperada pelo produtor. E é este tipo de problema que o produtor deve prevenir e remediar.

Expectativa de produção 

Para a 3ª safra deste ano, a expectativa da Conab é que sejam semeados 534,5 mil hectares com a cultura, sendo 452,7 mil hectares com feijão-comum cores, 16,6 mil hectares de feijão-comum preto e 65,2 mil hectares com o feijão-caupi. Nesta safra, o feijão perdeu espaço para cereais como milho e trigo em algumas regiões onde estas culturas expandiram suas áreas de abrangência. Ainda assim, há previsão de produção de mais de 700 mil toneladas só nesta 3ª safra, com destaque para região Centro-Oeste que, segundo a estimativa da Conab, deve produzir mais de 47% deste total.

E quando falamos de um grão que está diariamente na mesa da maioria dos brasileiros, devemos nos atentar ao fato de que tudo que possa vir a prejudicar o produtor na lavoura, estará diretamente afetando a oferta deste produto e abastecimento inclusive do mercado interno, que já sofre anualmente com a falta de feijão suficiente para atender a demanda nacional.

Alta nos custos de produção 

Além disso, em uma produção de feijão, o produtor desatento está sujeito a grandes prejuízos, tendo em vista o grande investimento feito na cultura. E quando falamos em 3ª safra no Centro-Oeste, é preciso levar em conta ainda que o custo com manutenção de irrigação é extremamente significativo e o produtor precisa, mais do que nunca, estar seguro quanto a todo o valor investido nesta cultura.

Com o custo de produção “nas alturas”, o produtor não pode ficar desprevenido quanto ao seu investimento a céu aberto. E quando falamos em custo de produção, para se ter uma ideia, na série histórica elaborada também pela Conab, é possível acompanhar a variação nos custos de produção do feijão de 3ª safra em diversas regiões.

Trouxemos como exemplo o município de Unaí-MG, no ano de 2022. O custo de produção estimado para uma área irrigada de feijão, nesta 3ª safra, foi de mais de R$13 mil reais por hectare, sendo que a irrigação, os fertilizantes e os defensivos foram os que mais elevaram este custo. Uma produção com as mesmas características e na mesma região custou pouco mais de R$8 mil reais por hectare na 3ª safra de 2020.

Apresentamos este exemplo para mostrar a você que, cada vez mais, os valores investidos nas culturas (e com o feijão não seria diferente) são extremamente significativos e elevados. E isso nos leva a lembrar a importância de manter sua produção protegida e contratar seguros agrícolas que te resguardem no caso de qualquer sinistro de natureza climática ou mesmo algum incidente. Imagine só, por exemplo, a ocorrência de uma geada que comprometa grande parte de sua produção. Em uma situação dessa, o seguro pode ser o recurso necessário para manter o negócio girando, conseguir quitar as contas da safra e evitar a inviabilidade da atividade. Por isso é importante entender da atividade, buscar assistência especializada e definir qual a melhor cobertura para sua realidade. Afinal, cada caso é um caso. O único fato que não muda é a certeza de que o seguro agrícola é um dos mais importantes investimentos de toda a safra.

Basta procurar a corretora de seguros e encontrar a modalidade que melhor se encaixa à realidade da sua produção agrícola. A contratação do seguro agrícola vem então como mais uma ferramenta para a segurança e garantia de sustentabilidade econômica do negócio diante de tanta imprevisibilidade climática e também do mercado agrícola.

Fonte: AgroMulher