Os produtores de grãos e cooperativas de Goiás não registraram participação no primeiro leilão do ano para apoiar a comercialização e o escoamento de milho do Estado, que foi realizado de forma eletrônica nessa quinta-feira (6/7). O edital da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previa a oferta de 240 mil toneladas do grão de Goiás e Distrito Federal para a modalidade Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e 60 mil toneladas para a modalidade PEP (Prêmio para o Escoamento), mas nenhuma saca foi negociada.
O baixo valor do prêmio (R$ 0,48/saca) desmotivou os produtores a participarem dos leilões, avaliou a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO). O preço mínimo estabelecido pela Conab para o milho do Estado é de R$ 19,21/saca de 60 kg, enquanto a média estadual de preços do cereal está em torno de R$ 17,86.
“O leilão não atendeu a expectativa do produtor. Tem regiões de Goiás que estão com preços de milho pelo menos R$ 1,50/saca abaixo do mínimo. Então R$ 0,48/saca [valor da subvenção] não compensa, ainda mais porque o produtor vai gastar com corretagem para adquirir esse prêmio”, observa o presidente da Aprosoja-GO, Bartolomeu Braz Pereira.
Novos leilões
Em busca de alterações no valor do prêmio, Aprosoja-GO e Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), junto com Aprosoja Brasil e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), devem participar de uma reunião na secretaria de Política Agrícola do Mapa no começo da semana. “Não adianta fazer leilão de milho em Goiás com esse valor de prêmio. É preciso equalizar os preços de mercado com o mínimo e é isso o que buscaremos junto ao ministério”, ressalta o presidente da Aprosoja-GO.
O próximo pregão eletrônico de milho para a região Centro-Oeste será realizado na quinta-feira (13/7) da semana que vem. Conforme o edital da Conab, serão ofertadas de Goiás e Distrito Federal 200 mil toneladas para o Pepro e 100 mil toneladas para o PEP.
