Trigo gaúcho tem desenvolvimento irregular

O relatório semanal de acompanhamento do trigo, divulgado nesta quinta-feira (06.07) pela Emater, registrou um desenvolvimento irregular da cultura no Rio Grande do Sul. De acordo com a entidade, os últimos sete dias foram particularmente secos nas regiões produtoras, o que vem preocupando os triticultores.

A Consultoria Trigo & Farinhas aponta que na região de Ijuí, que está com 100% da área semeada, a umidade do solo está abaixo do ideal para uma germinação uniforme das lavouras. Áreas implantadas antes do período das fortes chuvas apresentam dificuldades de crescimento, baixo perfilhamento e coloração amarelada.

Os produtores têm encontrando dificuldades para aplicação de fertilizantes em cobertura e controle de ervas, principalmente o azevém “guacho” (espontâneo). Neste quesito, o controle das ervas está abaixo do ideal, inclusive da buva, aveia, entre outras, com incerteza sobre o problema residir na baixa umidade ou se são espécies que adquiriram resistência aos herbicidas.

Já na região de Santa Rosa, com adubação nitrogenada em cobertura nas lavouras semeadas em maio (antes do período chuvoso), o desenvolvimento vegetativo está dentro do aceitável. Nos Campos de Cima da Serra, diferente das demais regiões do Estado, iniciou-se a semeadura do trigo somente após o período chuvoso, o que proporcionou condições favoráveis.

Atualmente o Rio Grande do Sul já plantou 80% dos 699,2 mil hectares previstos para esta temporada. O número está abaixo da média para o período, que é de 89%.

Fonte: AGROLINK –Leonardo Gottems

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