Abiove prevê receita no total de US$ 29,53 bilhões com as exportações do complexo soja

São Paulo, 16 de maio de 2017 – A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou na terça-feira (16) a sua nova projeção para a produção e exportação do complexo soja em 2017. De acordo com a entidade, o Brasil deverá produzir 112,50 milhões de t, um aumento de 1,6% em relação à última previsão feita há cerca de um mês. Também houve uma elevação de 2,3% nas vendas externas de soja, agora previstas em 61,70 milhões de toneladas.

Com o aumento da produção,  a Abiove elevou também a previsão da receita a ser obtida com as exportações para US$ 23,44 bilhões de soja em grão, US$ 5,11 bilhões de farelo e US$ 975 milhões de óleo. No total, a projeção para o complexo soja é de embarques de US$ 29,53 bilhões.

 O processamento mantém-se estável na comparação com o dado divulgado em março: 41 milhões de t. A previsão para o estoque final foi elevada em 4,7%, passando agora a 11,19 milhões de t.

Farelo

A Abiove continua a projetar uma produção de farelo proteico de 31,10 milhões de t, bem como mantém inalterado o consumo interno de 15,80 milhões de t, em relação à previsão feita em 19 de março passado. Um leve aumento de 0,6% é a alteração para a exportação de farelo, projetada em 15,50 milhões de t. A associação das indústrias de óleos vegetais prevê uma redução de 8,8% no estoque final de farelo, de 1,13 milhão de t para 1,03 milhão de t.

Óleo

A Abiove não alterou a previsão para a produção de óleo, estimada em 8,10 milhões de t, e elevou em apenas 0,7%, para 6,90 milhões de t o consumo interno.

As últimas estatísticas do complexo soja encontram-se no site www.abiove.org.br

Safra recorde e produtividade

A supersafra de soja em 2017 reflete não apenas as boas condições climáticas, diferentes das do ano passado, quando se registraram perdas significativas, mas sobretudo o aumento da produtividade. O Brasil é o segundo país no ranking da produtividade, com uma média de 54,7 sacas por hectare, atrás apenas dos EUA, com 58,3 sacas/ha, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

O Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), que em junho anunciará os campeões do Desafio da Produtividade Máxima 2016/2017, considera que as inovações tecnológicas de genética, o manejo e a conscientização para o uso adequado das ferramentas disponíveis já demonstraram que, no Brasil, a eficiência na produção por unidade de área é maior que o aumento extensivo, o que impacta diretamente a redução da área plantada e leva à consequente diminuição em abertura de novas fronteiras agrícolas.

(*) Com informações da Abiove