Aurora compra abatedouro de frangos da Cocari

nvestimento foi de R$ 360 mi e inclui fábrica de rações.
Unidade tem capacidade para abater 180 mil aves por dia.

A partir da próxima segunda-feira, o abatedouro de frangos Vitaves, de propriedade da Cooperativa Agropecuária e Industrial de Mandaguari (Cocari), passa a ser administrado pela Cooperativa Central Aurora, de Santa Catarina. A empresa sediada em Chapecó, considerada o terceiro maior grupo no setor de proteína animal, do Brasil, atrás da JBS/Friboi e da Brasil Foods (Sadia e Perdigão), comprou, por R$ 360 milhões, o frigorífico e a fábrica de rações da unidade mandaguariense.

A cooperativa de Mandaguari, no entanto, mantém o sistema de produção integrada de aves e fará a intermediação entre o produtor e a Aurora, além de passar a fazer parte do quadro social da empresa catarinense, junto com outras 12 cooperativas brasileiras. A Cocari passa a ter 7% do capital social da Aurora, tornando-se a quinta maior acionista.

O negócio foi anunciado pelos presidentes das duas cooperativas, Mário Lanznaster, da Aurora, e Vilmar Sebold, da Cocari, depois que o quadro de cooperados da Cocari aprovou a transação, que provocou muita polêmica. “Houve oposição, mas o tempo vai mostrar que fizemos um excelente negócio para a Cocari e para Mandaguari”, destacou Sebold.

Impulso
A unidade industrial de frangos de corte Vitaves abate 140 mil cabeças, ao dia, mas tem capacidade instalada de 180 mil, que deverá ser atingida ainda neste ano, segundo a nova operadora. Já a unidade de nutrição animal, implantada há dois anos às margens da BR-376, processa 60 toneladas de ração, por hora.

Implantado há dois anos, o abatedouro não obteve os resultados esperados pela Cocari. O custo de implantação foi muito maior do que o planejado devido, principalmente, a uma greve no serviço público federal que atrasou a chegada de equipamentos. Além disto, a empresa teve dificuldades para a colocação do produto no mercado. “O importante para a Cocari e para os cooperados é que 100% do valor investido estão sendo recompostos”, ressaltou Sebold.

Segundo Lanznaster, a Aurora, com 45 anos de atividade, industrializa 850 produtos, tem cerca de 100 mil postos de venda, no Brasil, e está avaliada em R$ 7 bilhões.

 Por:      Luiz de Carvalho