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ESG: o tripé da sustentabilidade

Por* VANESSA SABIONI

O tripé da sustentabilidade envolve três aspectos fundamentais da administração empresarial: Social, Ambiental e Financeiro. Os quais devem interagir harmonicamente a fim de garantir a integridade do planeta e da sociedade durante o desenvolvimento econômico-industrial.

O termo “tripé da sustentabilidade”, ou triple botton line, foi criado em 1994 por John Elkington, e está intimamente ligado ao conceito ESG.

Nos anos 90, época em que a palavra “sustentabilidade”  ainda não era popular, o sociólogo britânico John Elkington criou o conceito Triple Bottom Line (Tripé da Sustentabilidade). John é um empresário britânico considerado figura importantíssima em assuntos ligados a responsabilidade corporativa e desenvolvimento sustentável. É uma autoridade no assunto e já escreveu mais de 20 livros sobre o tema

O tripé da sustentabilidade envolve três aspectos fundamentais da administração empresarial: Social, Ambiental e Financeiro. Os quais devem interagir harmonicamente a fim de garantir a integridade do planeta e da sociedade durante o desenvolvimento econômico-industrial. Este conceito prioriza a expansão de um novo modelo de negócio baseado em ações sustentáveis, que passa a considerar o desempenho ambiental das empresas como mais importante do que somente o financeiro.

Conheça os três pilares da sustentabilidade

  • People (Pessoas) – Os colaboradores são o ativo mais importante das empresas e essa é mais uma prova de como é imprescindível cuidar da cultura organizacional. O tratamento que sua equipe recebe e as condições de trabalho são os principais aspectos que devem ser priorizados pelas organizações sustentáveis, desde o respeito e cumprimento das normas trabalhistas vigentes à qualidade do clima organizacional.
  • Planet (Planeta) – Refere-se aos impactos que as atividades da empresa geram no meio ambiente e quais medidas são tomadas para evitar ou abrandar os riscos dessa interferência. Há inúmeras formas de adaptar a cadeia produtiva incorporando novas medidas de fabricação, outros materiais ou equipamentos que não poluem. A tecnologia tem contribuído imensamente com soluções inovadoras para tornar as indústrias menos danosas ao ecossistema.
  • Profit (Lucro) – Adotar medidas em prol dos colaboradores e do planeta resultam em números positivos no final do mês. Quando a marca investe na equipe e incorpora ações sustentáveis, consequentemente melhora a produtividade, competitividade e resultados. Outro ponto fundamental é a visão a longo prazo, “sweet spot”, no qual seus clientes percebem a responsabilidade sustentável da marca e veem valor agregado em seu serviço, estabelecendo uma relação de parceria duradoura e identificação entre os interesses dos stakeholders e da corporação.

Sigla ESG

ESG se tornou a sigla do momento. Muito se repete e pouco se sabe como realmente os princípios de environmental, social and governance (Ambiental, social e governança, em português) podem apoiar e impulsionar o setor do agronegócio.

A questão ESG já é destaque na maioria dos setores da economia do Brasil e do mundo e o setor do agronegócio, devido a sua importância na economia, na geração de empregos, e por estar intrinsecamente ligado ao meio ambiente, não poderia ficar de fora do movimento.

O agronegócio já ultrapassou a indústria de transformação em termos econômicos e vem mostrando sua força e competitividade. O PIB (Produto Interno Bruto) do agro teve crescimento recorde em 2020. Com avanço de 24,31%, ele alcançou participação de 26,6% no PIB total do país e considerando-se o desempenho até o momento, a participação do setor no PIB pode ultrapassar os 30%, de acordo com cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

O ESG tem sido visto por muitos com excelentes olhos, pois durante algum tempo a questão do meio ambiente foi a única a ser discutida; agora, o desenvolvimento se apoia nos três sólidos pilares do ESG integrando questões ambientais, sociais e de governança na gestão de empresas. O pilar ambiental sem dúvida é muito importante, mas o social e a governança também são essenciais para o desenvolvimento sustentável do setor.

Como tornar minha empresa sustentável

Confira 3 dicas para iniciar a jornada da sua empresa rumo ao sucesso sustentável.

1. Comece pela direção
Uma mudança tão significativa na cultura da empresa precisa de uma abordagem top-down (de cima para baixo) e deve ser adotada primeiramente pela liderança para, em seguida, ser assimilada pelo restante da corporação. Portanto, os gestores devem ser os primeiros a vestir a camisa da sustentabilidade.

2. Influencie a equipe
Após compreender a importância do desenvolvimento sustentável, os gestores têm a missão de engajar a equipe, influenciar os seus colaboradores e tornarem essa consciência parte da cultura da empresa.

3. Apoio da sustentabilidade

Há um período de transição até que a marca alcance um alto nível de consciência ambiental e é imprescindível ter um suporte para que ninguém desanime durante o caminho.

Por mais que os colaboradores estejam comprometidos em tornar a empresa mais sustentável, é fundamental estabelecer uma equipe responsável por desenvolver ações e acompanhar o desempenho da companhia nesse desafio.

“Sustentabilidade sempre foi uma palavra positiva pra mim. Sempre gostei de conceitos e definições, porém nunca havia imaginado a força que ela tem no agro.”

VANESSA SABIONI – CEO E FUNDADORA AGROMULHER

“A sustentabilidade do Agronegócio busca o equilíbrio entre a natureza e a produção, utilizando soluções inteligentes.”

CRISTIANE TIBOLA – CEO DA PRAGAS.COM E LIFE BIOLOGICAL CONTROL

VANESSA SABIONI* Graduada em Egenharia Agrônoma e Mestre em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa – MG. Atualmente cursa o MBA em Marketing ministrado pela Esalq-USP. CEO e Fundadora da Rede Digital AgroMulher.

Fonte: Agromulher

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