“Este novo desenvolvimento estimulante fornece um primeiro vislumbre”
Um estudo realizado por cientistas do John Innes Center, na Inglaterra, deu mais um passo crucial para entender como as plantas começam a florescer. Esta nova descoberta pode contribuir para o desenvolvimento de novas variedades de culturas adaptadas para produzir os alimentos que precisamos em um clima que muda constantemente.
Pesquisas anteriores mostraram que a floração é suprimida por um gene chamado FLOWERING LOCUS C (FLC). Durante períodos de temperatura fria, as proteínas em torno das quais o gene é envolvido são progressivamente modificadas e isso desativa a expressão do gene, que eventualmente permite que a planta se mova do estágio de “crescimento” para o “florescente”.
Neste novo trabalho, a equipe de cientistas liderada pela professora Caroline Dean, do John Innes Center deixou a genética mostrar o caminho. Eles estudaram uma população de plantas mutantes e encontraram um indivíduo que não conseguia responder corretamente ao frio. Eles então rastrearam onde a mutação ocorreu neste indivíduo e descobriram que era uma mudança de um único par de bases dentro do gene FLC.
Outros experimentos identificaram com sucesso como a proteína VAL1 reconhece a sequência de DNA dentro do gene FLC. Na planta que não respondeu corretamente ao frio, a mutação impediu esse reconhecimento, portanto a FLC não pôde ser desligada. De acordo com Caroline Dean, o projeto é um passo inicial para entender como tudo funciona.
“Este novo desenvolvimento estimulante fornece um primeiro vislumbre de como os reguladores em uma célula identificam quais genes-alvo estão desligados. Na FLC, uma sequência específica é reconhecida e sem essa sequência, a FLC não será suprimida e a planta nunca será suprimida”.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems