Infocafé – 06/05

A bolsa de N.Y. finalizou a terça-feira em alta, a posição julho oscilou entre a mínima de -0,45 pontos e máxima de +3,75 fechando com +3,45 pts.

A moeda norte-americana terminou o dia cotado a R$ 5,5933, em alta de 1,31%. “O dólar está um pouco mais contaminado pelo cenário atual, em meio aos ruídos políticos”, disse à Reuters Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong. “A moeda tem sido a principal válvula de escape para refletir” a aversão a risco, completou. Há semanas, a incerteza vem marcando presença na política brasileira em meio a tensões entre os poderes e a saída de Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça. “Já vamos continuar convivendo com dados macro ruins (…), e, no caso brasileiro, acrescenta-se ainda o cenário político”, disse à Reuters Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset, sobre os movimentos do câmbio. “Os rumos são difíceis de prever após a saída do ex-ministro Sergio Moro.” Enquanto isso, os investidores ainda esperam o resultado da reunião de política monetária do Copom, que será divulgado na quarta-feira. Segundo pesquisa da Reuters, a expectativa é de mais um corte da Selic, a nova mínima histórica de 3,25%. Segundo Serrano, do banco Haitong, essa expectativa contribui para a alta do dólar nesta sessão, à medida que “o mercado precifica `carrego` ainda menor”. Os cortes sucessivos da taxa têm sido fator de pressão sobre o real, uma vez que reduzem os rendimentos de investimentos atrelados aos juros básicos, tornando o Brasil menos atraente quando comparado a países com juros maiores e nível de risco semelhante. Também nesta terça, o recuo da produção industrial em março surpreendeu os agentes do mercado ao furar até mesmo o piso das projeções coletadas pelo Valor Data e ficar muito abaixo da mediana projetada pela pesquisa (-3,7%), registrando queda de 9,1% em março. Vale lembrar que março sofreu apenas o efeito parcial das medidas de isolamento social implementadas para conter o avanço do novo coronavírus. Essas ações, inclusive, também foram observadas nos números de inflação. No início do dia, a Fipe informou que a cidade de São Paulo registrou deflação de 0,30% em abril.

Fonte: Mellao Martini