Infocafé – 24/04

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em baixa, a posição julho atingiu a mínima de -6,35 pontos fechando com -5,65 acumulando na semana -10,80 pts.

O dólar fechou vendido a R$ 5,6573, em alta de 2,33%. Em meio à disparada do dólar, o Banco Central realizou nesta sexta-feira leilões de linha de dólar e de contratos de swap cambial para rolagem de vencimentos em ambos os instrumentos. Em dinheiro “novo”, o BC injetou no mercado, entre os dois instrumentos, um total de US$ 1,545 bilhão, destaca a Reuters. O BC colocou ainda todos os 10 mil contratos de swap cambial (US$ 500 milhões) em leilão de rolagem e US$ 700 milhões em operação para postergar o vencimento de linhas de moeda estrangeira (a oferta era de até US$ 3 bilhões).Aliados do ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmaram que ele foi pego de surpresa com a publicação, no “Diário Oficial” desta sexta-feira (24), da exoneração do delegado Maurício Valeixo, agora ex-diretor-geral da Polícia Federal. Ao anunciar sua saída do governo, Moro afirmou que disse para Bolsonaro que não se opunha à troca de comando na PF, desde que o presidente lhe apresentasse uma razão para isso. Ele disse ainda que o problema não é a troca em si, mas o motivo pelo qual Bolsonaro tomou a atitude. Segundo o agora ex-ministro, Bolsonaro quer “colher” informações dentro da PF, como relatórios de inteligência. O mercado reagiu negativamente por entender que o movimento indica mais tensões políticas dentro do governo e pode acabar piorando a avaliação do próprio presidente e colocando em xeque a governabilidade do presidente Jair Bolsonaro. Moro está entre os ministros mais bem avaliados pela população. A saída conturbada de Moro do governo alimenta também preocupações sobre o futuro do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo. “Sua saída [de Moro] representa a desconfiguração da “equipe de ouro” que incluía os chamados “super-ministros” da Justiça e também o da Economia, Paulo Guedes, o que enfraquece o já desgastado governo Bolsonaro. Isso porque tanto Guedes quanto Moro representavam a promessa de uma equipe ministerial técnica e o frágil equilíbrio das forças de sustentação que apoiam a conturbada liderança de Bolsonaro”, avaliou Ernani Reis, analista da Capital Research. “Você tem a saída de um ministro que a opinião pública via como uma pessoa idônea de um jeito um pouco controverso. Há preocupação de que a pressão pode ser transferida para o Paulo Guedes, que já estava à parte do plano do governo para o pós-crise, e que você possa deixar para trás políticas mais ortodoxas que estavam sendo praticadas até então”, disse Flávio Serrano, economista-chefe do Haitong.

Fonte: Mellao Martini