Infocafé de 05/12/19

N.Y. finalizou a quinta-feira em alta, a posição março oscilou entre a mínima de -0,05 pontos e máxima de +4,05 fechando com +3,60 pts.

A moeda norte-americana recuou 0,33%, cotado a R$ 4,1880. Operadores disseram ao Valor Online que o câmbio está sendo puxado por fluxos pontuais, em dia de poucas notícias. Mais cedo, profissionais de mercado comentavam que o dólar subia por perspectiva de saída de recursos de fim de ano, movimento tradicional por causa de remessas de lucros e dividendos para o exterior. Os dados do fluxo cambial continuam mostrando que o estrangeiro continua saindo do Brasil. Somente na semana passada, houve saída líquida de US$ 4,412 bilhões, segundo informou o Banco Central. Com isso, o fluxo cambial acumulou saída de US$ 27,156 bilhões no acumulado do ano até novembro. Para analistas da Tullett Prebon, os dados do fluxo ajudam a conter certo otimismo gerado pelos indicadores recentes de Brasil.

A média mensal do indicador de preço da Organização Internacional do Café (OIC) subiu 10,1% em novembro, atingindo 107,23 centavos de dólar por libra-peso, em relação ao mês anterior (97,35 cents). Segundo relatório da OIC, a cotação avançou diante da perspectiva de um déficit global no ano cafeeiro de 2019/20, estimado em 502 mil sacas de 60 kg. Os preços de todos os cafés do indicador subiram em novembro. O café natural brasileiro teve o maior aumento, de 12,1%, para 109,94 centavos de dólar por libra-peso, “refletindo em parte o declínio bienal da produção brasileira de arábica, bem como a fraqueza do real, moeda brasileira”, comenta a OIC. A cotação dos cafés Outros Suaves aumentou 11%, para 140,98 cents, enquanto os Suaves Colombianos aumentaram 10,6%, para 146,12 cents. Os robustas aumentaram 6,8% no comparativo mensal, para 73,28 centavos de dólar por libra-peso. No relatório, a OIC manteve sua previsão preliminar de um pequeno déficit global de cerca de 502 mil sacas de café ano de 2019/2020. “Apesar da desaceleração do crescimento, prevê-se que o consumo ultrapasse a produção durante o curso do ano”, informa a organização. Conforme a OIC, a maior parte do crescimento do consumo, em termos absolutos e relativos, é esperada na Ásia e na Oceania. No lado da produção, a menor colheita de arábica do Brasil e condições climáticas adversas em partes da América Central e Ásia podem continuar prejudicando os preços do grão nos próximos semanas. No entanto, o impacto desses fatores pode ser compensado pela recente fraqueza do real brasileiro, bem como a próxima safra de 2020 no Brasil.

Fonte: Mellão Martini