“Embora claramente uma má notícia para a luta contra as alterações climáticas, alguns países estão mostrando progressos no sentido da redução das emissões de N 2 O, sem sacrificar os rendimentos incríveis de culturas permitidas por fertilizantes nitrogenados. Esses países oferecem ideias para o resto do mundo”, afirmaram Pep Canadell, Hanqin Tian, Prabir Patra e Rona Thompson, do The Conversation.
Existem várias fontes naturais e humanas de emissões de N 2 O, que permaneceram relativamente estáveis por milênios. No entanto, no início do século 20, foi desenvolvido o processo Haber-Bosch, que permitiu à indústria sintetizar quimicamente o nitrogênio molecular na atmosfera para criar fertilizantes nitrogenados.
Esse avanço iniciou a Revolução Verde, uma das maiores e mais rápidas revoluções humanas de nosso tempo. O rendimento das culturas em todo o mundo aumentou muitas vezes devido ao uso de fertilizantes nitrogenados e outras práticas agrícolas aprimoradas.
Porém, quando o solo é exposto a nitrogênio abundante em sua forma ativa (como no fertilizante), ocorrem reações microbianas que liberam as emissões de N 2 O. O uso irrestrito de fertilizantes nitrogenados, portanto, criou um grande aumento nas emissões.
O N 2 O é o terceiro gás de efeito estufa mais importante, depois do dióxido de carbono e do metano. Além de reter o calor, ele destrói o ozônio na estratosfera, contribuindo para o buraco no ozônio. Uma vez liberado na atmosfera, o N 2 O permanece ativo por mais de 100 anos.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems