Tema que voltou a ser debatido em Brasília, o uso de armas nas propriedades rurais foi defendido pelo vice-presidente da Comissão de Grãos da Confederação Nacional da Agricultura, Ricardo Arioli Silva. Diferentemente de revólveres, pistolas e espingardas, as armas apresentadas por ele, na tarde de sexta-feira (17), na Oeste Rural Show, foram justamente as entidades ligadas ao agronegócio, importantes aliadas dos produtores rurais.
Fazendo um resgate histórico, Arioli mostrou como era o trabalho do produtor rural décadas atrás e como é hoje, com o implemento da tecnologia em todos os setores da produção. Justamente por isso, ele defende uma maior participação do produtor nas entidades de defesa do agronegócio. “Sem isso, o produtor perde muito. Hoje não é possível sobreviver como vivíamos. Temos janela de plantio, precisamos de máquinas modernas, GPS, uma série de itens para produzir. Do mesmo modo, também há a questão da comercialização, o produtor precisa saber o seu custo. Não dá para fazer custo no talão de cheque”.
Por isso, Arioli é taxativo em afirmar que não se associar a entidades como os sindicatos rurais pode representar o fim do negócio. “Se você não se aliar, está fora”. Para ele, uma mistura de desinteresse e desinformação faz com que os produtores estejam distantes. “Tem gente que vê uma reunião do sindicato como perda de tempo. Isso tem que ser parte do trabalho, porque há uma constante troca de informações, de conhecimento e isso é bom para todos”.
O palestrante deu como exemplo da força das entidades no apoio aos produtores, um fato presenciado por ele, em Brasília. “Certa vez, estávamos na CNA e precisávamos de uma informação sobre Mato Grosso. Bastou um telefonema para sermos atendidos, 10 minutos depois, no Ministério da Agricultura. Como um produtor sozinho consegue isso nessa velocidade? Quando citam o nome CNA, ou da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), por exemplo, é outro tratamento. Eles são nossos aliados e precisam ser fortalecidos”.
Arioli elogiou a iniciativa do Sindicato Rural de Pontes e Lacerda, em realizar a primeira edição da Oeste Rural Show e projetou um futuro promissor para o evento e para a região. “Estou positivamente impressionado com a qualidade das palestras, dos debates, a organização dos estandes. Não imaginava ver o que eu vi aqui. Com uma sintonia fina para as próximas vai continuar a ser um grande evento em Mato Grosso”, ressaltou o vice-presidente da Comissão de Grãos da CNA, indicado para o cargo pela Famato.
Fonte: ZF Press
