Novo status sanitário gaúcho

Novo status sanitário gaúcho deve ser acompanhado de propostas contínuas
Para representantes do setor, mesmo com o certificado de livre de aftosa sem vacinação, é necessário continuar etapas de reforço

O novo status sanitário do Rio Grande do Sul de livre de febre aftosa sem vacinação, que deverá ser concedido na próxima quinta-feira, é só o início de um trabalho que envolve toda a cadeia produtiva e os servidores públicos. Essa foi a tônica do debate realizado na noite desta segunda-feira, 24 de março, no Agropauta Web Talks. Apesar da comemoração, todos foram unânimes em afirmar que o trabalho de controle e informação deve ser contínuo. Participaram do encontro virtual o vice-presidente do Instituto Desenvolve Pecuária, Paulo Ebbesen, o presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS), João Junior, e o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.

Para Ebbesen, apesar dos benefícios, ainda há uma preocupação dos produtores em relação ao controle de fronteiras e a efetividade dos recursos de ordem operacional e financeiros. “Uma das dúvidas que nós pecuaristas temos é como está preparado o nosso sistema de vigilância sanitária no Estado. Precisamos de mais elementos para ficarmos tranquilos, pois em caso de sinistro teremos que enfrentar uma situação adversa. Também é importante termos mais dados de quais são os recursos financeiros e quais as alternativas para indenizar o produtor”, observa.

Kerber lembrou que todo o sistema foi auditado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e considerados adequados para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que sinalizou na linha de suspender a vacinação e por isso deve ser concedida a certificação. “Eu diria que o sistema de sanidade animal do Estado, e nós vivenciamos isso praticamente no dia a dia, tem uma estrutura robusta tendo o maior número de médicos veterinários e veículos dos Estados brasileiros. Ao substituir a vacina, estamos substituindo por outras ferramentas fundamentais que nos darão a segurança que todos nós queremos”, destacou.

Já João Junior avaliou que houve avanços significativos em relação ao que se desenhava no início dos debates, entretanto é importante ainda salientar que a condição dada para o novo status sanitário foi a básica e que é preciso continuar construindo novas soluções. “É muito importante não achar que está tudo uma maravilha. Quando nós falamos em que passou pelo crivo do Mapa, será que é um crivo mínimo para ter este status? o que é excelente começarmos no mínimo para buscar a excelência. Mas precisamos buscar outros programas que são importantes como o programa de rastreabilidade, entre outras propostas”, reforçou.

O Agropauta Web Talks é promovido pela AgroEffective e quinzenalmente traz nas segundas-feiras um debate virtual sobre temas relacionados ao setor. O próximo debate ocorrerá no dia 7 de junho, às 19h, no canal Agropauta Web TV no endereço www.youtube.com/agroeffective.

Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective