A pesquisa de Aline Maria Faria Cerchiari foi apresentada para obtenção do título de doutora em Ciências, pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Florestais da Esalq, e teve orientação do professor José Nivaldo Garcia. “O objetivo foi produzir o adesivo de maneira simplificada. Extraímos o óleo da semente em prensa mecânica no laboratório e não utilizamos processos químicos. A grande vantagem foi não precisar comprar o óleo comercial, que é o maior componente na fabricação da cola”, diz a pesquisadora.
Com esse novo impermeabilizante, as amostras ficaram até 11 dias submersas em água para teste de absorção. A cola mostrou-se eficaz com apenas uma camada de aplicação para madeiras de menores densidades. “Adicionamos aditivos naturais para melhorar a resistência da cola, mas, mesmo sem os aditivos, os resultados foram satisfatórios”, completa.
De acordo com a USP, adesivos modificados e produzidos a partir de recursos renováveis não poluentes e biodegradáveis têm aberto novas perspectivas no desenvolvimento de alternativas em comparação aos adesivos utilizados tradicionalmente. “Durante os testes, nós usamos três espécies de madeira, uma como referência e outras duas que ainda não são utilizadas no mercado de engenharia da madeira”, conclui.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
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