Plantas avaliadas tiveram parecer favorável e retomada das exportações deve ocorrer nos próximos dias

As vídeo-auditorias em plantas frigoríficas trazem nova responsabilidade para os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFAs). Realizadas entre o final de setembro e o início de outubro, as auditorias por vídeo consistem em transmitir para a China, em tempo real, tudo o que acontece dentro de um estabelecimento de abate e processamento de produtos de origem animal. Toda a estrutura de internet e imagens deve ser providenciada pela indústria – e sua qualidade conta pontos para o país importador.

A primeira experiência ocorreu em 2019, como forma de otimizar os processos.  Antes disso tudo era feito com grandes missões chinesas percorrendo as plantas a serem avaliadas. Já este ano, a motivação para sua realização foi a Covid-19. “Algumas plantas haviam tido as exportações suspensas por conta do registro de casos da doença entre os funcionários. Então, o foco desta auditoria foi avaliar todos os protocolos adotados pela empresa para a prevenção e controle de eventuais casos”, explica o auditor fiscal federal agropecuário Adriano Guahyba.

Ao AFFA encarregado de cada SIF (planta sob inspeção federal) avaliado coube narrar os procedimentos aos auditores chineses, explicando passo-a-passo as medidas e protocolos adotados conforme as exigências do governo chinês e recomendações da Organização Mundial da Saúde. “A transmissão era feita com três locais participantes. Daqui falávamos, a intérprete contratada pela Embaixada do Brasil na China traduzia, e os militares do governo chinês, liderados por uma auditora em um outro ponto de Pequim, ouviam as explanações e faziam perguntas”, conta Guahyba, um dos auditores fiscais agropecuários que protagonizou a atividade.

E, mesmo em se tratando de uma doença detectada em humanos e não transmitida pelos alimentos, foram os veterinários do Ministério da Agricultura que apresentaram os trabalhos às autoridades chinesas. “Inicialmente havia uma expectativa de que fossem técnicos da vigilância sanitária, mas o governo chinês exigiu que fosse pessoal do Mapa para fazer essa transmissão”, afirma Guahyba. Esse fato, conforme o AFFA, reforça a importância do serviço veterinário oficial na inspeção dos trabalhos nas exportações brasileiras.

As quatro plantas gaúchas (das oito avaliadas em vídeo-auditoria no país) tiveram parecer favorável. Nos próximos dias deve sair o resultado final e a provável retomada das exportações para o país oriental. Para o delegado sindical no RS do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, Mario Peyrot Lopes, a excelência do trabalho realizado pelos AFFAs na condução dos trabalhos de exportação de produtos de origem animal é reconhecida pelos importadores. Por isso, avalia, “essa é uma atividade fundamental que precisa estar nas mãos do Poder Público, e realizada por servidor concursado”.

Fonte: Thays D’avila

Plantas avaliadas tiveram parecer favorável e retomada das exportações deve ocorrer nos próximos dias

As vídeo-auditorias em plantas frigoríficas trazem nova responsabilidade para os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFAs). Realizadas entre o final de setembro e o início de outubro, as auditorias por vídeo consistem em transmitir para a China, em tempo real, tudo o que acontece dentro de um estabelecimento de abate e processamento de produtos de origem animal. Toda a estrutura de internet e imagens deve ser providenciada pela indústria – e sua qualidade conta pontos para o país importador.

A primeira experiência ocorreu em 2019, como forma de otimizar os processos.  Antes disso tudo era feito com grandes missões chinesas percorrendo as plantas a serem avaliadas. Já este ano, a motivação para sua realização foi a Covid-19. “Algumas plantas haviam tido as exportações suspensas por conta do registro de casos da doença entre os funcionários. Então, o foco desta auditoria foi avaliar todos os protocolos adotados pela empresa para a prevenção e controle de eventuais casos”, explica o auditor fiscal federal agropecuário Adriano Guahyba.

Ao AFFA encarregado de cada SIF (planta sob inspeção federal) avaliado coube narrar os procedimentos aos auditores chineses, explicando passo-a-passo as medidas e protocolos adotados conforme as exigências do governo chinês e recomendações da Organização Mundial da Saúde. “A transmissão era feita com três locais participantes. Daqui falávamos, a intérprete contratada pela Embaixada do Brasil na China traduzia, e os militares do governo chinês, liderados por uma auditora em um outro ponto de Pequim, ouviam as explanações e faziam perguntas”, conta Guahyba, um dos auditores fiscais agropecuários que protagonizou a atividade.

E, mesmo em se tratando de uma doença detectada em humanos e não transmitida pelos alimentos, foram os veterinários do Ministério da Agricultura que apresentaram os trabalhos às autoridades chinesas. “Inicialmente havia uma expectativa de que fossem técnicos da vigilância sanitária, mas o governo chinês exigiu que fosse pessoal do Mapa para fazer essa transmissão”, afirma Guahyba. Esse fato, conforme o AFFA, reforça a importância do serviço veterinário oficial na inspeção dos trabalhos nas exportações brasileiras.

As quatro plantas gaúchas (das oito avaliadas em vídeo-auditoria no país) tiveram parecer favorável. Nos próximos dias deve sair o resultado final e a provável retomada das exportações para o país oriental. Para o delegado sindical no RS do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, Mario Peyrot Lopes, a excelência do trabalho realizado pelos AFFAs na condução dos trabalhos de exportação de produtos de origem animal é reconhecida pelos importadores. Por isso, avalia, “essa é uma atividade fundamental que precisa estar nas mãos do Poder Público, e realizada por servidor concursado”.

Fonte: Thays D’avila