Polinização e Abelhas: As culturas dependentes de polinização animal

Na agricultura, as culturas dependentes de polinização animal (incluindo as abelhas) contribuem com 35% do volume de produção mundial de alimentos, representando 5% a 8% em valor de produção mundial. Os dados fazem parte do relatório divulgado em 2016 pela Plataforma Intergovernamental de Serviços Ecossistêmicos e Biodiversidade (IPBES, da sigla em inglês).

Para o Colmeia Viva®, o conceito de dependência de polinização na agricultura está ligado a quanto certo cultivo depende da polinização para alcançar todo o seu potencial produtivo, não só em quantidade, mas também em qualidade. Atualmente, no Brasil, a prática do aluguel de colmeias para a polinização ocorre nos cultivos dependentes de polinização por abelhas que, se não são polinizados, podem ter uma redução na produção de 40% a 100%, como nos casos da maçã (também na região Sul do país) e do melão (na região nordeste). Por isso, as práticas de manejo agrícola e apícola devem ser realizadas sob medida, segundo as características dos cultivos e sua relação com a polinização. Por isso, classificamos os cultivos agrícolas como dependentes, beneficiados e não dependentes de polinização realizada por abelhas. dependentes beneficiados não dependentes.

O setor de defensivos agrícolas acredita na complementaridade entre os defensivos agrícolas e a polinização realizada pelas abelhas. Ambas contribuem para a produtividade no campo e a qualidade de consumo dos frutos, seja favorecendo a origem e o desenvolvimento dos frutos, seja possibilitando que o alimento chegue à mesa. Assim, é possível conciliar desenvolvimento agrícola com preservação da biodiversidade.

O Colmeia Viva® atua a partir da função das abelhas na agricultura e de sua interação com uso de defensivos agrícolas. Neste sentido, para o Colmeia Viva®, a organização das abelhas se dá por:
as abelhas silvestres, que são nativas brasileiras, criadas para fins apícolas
as abelhas silvestres criadas para o serviço comercial de polinização, empregadas na agricultura para a polinização de cultivos como morango, berinjela, maracujá e tomate
abelhas silvestres disponíveis na biodiversidade
além das abelhas exóticas, que não são nativas brasileiras, mas são amplamente criadas para fins de apicultura e de serviço comercial de polinização em culturas dependentes de polinização, como o caso da maçã e do melão.

No entanto, existe uma confusão entre mortalidade e sumiço em torno das abelhas Apis mellifera, que não é uma abelha nativa brasileira, mas a espécie mais utilizada na atividade apícola para produção de mel, própolis, geleia real, por exemplo. No Brasil, pesquisadores afirmam que não há casos de Síndrome do Desaparecimento das Abelhas (CCD) até agora. Aqui, os casos são de mortalidade de abelhas criadas por apicultores, como demonstrado nos resultados do Colmeia Viva®MAP .

Fonte: Facto Estratégia e Comunicação

Crédito: Domínio Público