Preço da ração ainda é entrave para o desenvolvimento do setor aquícola

Apesar do grande potencial hídrico que o Brasil possui, a produção brasileira aquícola (peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios, répteis e plantas) ainda é bem tímida em função de dois grandes gargalos: o alto custo da ração e a falta de mercado para comercialização dos produtos. Esta foi a constatação do 1º painel na área de aquicultura do programa Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), realizado nas cidades de Joinville e Tubarão, em Santa Catarina, entre os dias 30/05 e 03/06.
Com a presença de especialistas da CNA e a intermediação de um técnico local, o projeto Campo Futuro alia capacitação do produtor rural à geração de informação para a administração de riscos de preços, de custos e de produção na propriedade rural. Segundo a assessora técnica da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, Lilian Figueiredo, os painéis desta etapa do programa contaram com a participação de aproximadamente 30 produtores de tilápia em tanque escavado, sendo 15 pessoas em cada cidade. “O principal gargalo continua sendo o preço da ração e a falta de mercado para venda do produto”, observou.
A assessora comentou que os produtores também reclamaram do tempo para início do pagamento do financiamento de custeio via Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que é de um ano. No entanto, explica Lilian, a tilápia naquela região precisa de 12 meses para ser abatida, devido à baixa temperatura. “Além da demora de mais de um mês para a venda e mais um mês para receber o pagamento do frigorífico. Ou seja, eles não conseguem pagar em 12 meses o financiamento. Isso inviabiliza o empréstimo”, salientou.
Ostra – O Programa Campo Futuro também realizou o primeiro painel piloto de ostra em Florianópolis. “Aplicamos e ajustamos a planilha. Mas ainda vamos conversar com os produtores para deixar tudo alinhado. A expectativa é que em agosto, a equipe do programa volte e assim realizaremos o painel, com as informações de levantamento de custos”, finalizou a assessora Lilian Figueiredo.
Por: Assessoria de Comunicação CNA