Seminário discute a produção de palmito no sul do Brasil

Dias 21 e 22 de agosto será realizado em Joinville um seminário sobre o sistema produção da pupunheira e da palmeira-real-australiana no Sul do Brasil. O evento terá 14 palestras técnicas que vão discutir temas ligados ao agronegócio, cultivo, fitossanidade, gestão, mercado, biofertilizante e processamento. A programação também conta com degustação de pratos à base de pupunha e de palmeira-real.

O evento é uma promoção da Epagri, Emater Paraná e Embrapa Florestas. Técnicos dessas empresas farão parte do quadro de palestrantes, que também é composto por representantes da Unesp, da Associação das Indústrias de Conservas Vegetais de Santa Catarina (AICV/SC) e por produtores.

Produção em Santa Catarina – A palmeira-real-da-austrália é a espécie mais plantada em Santa Catarina e isso deve às pesquisas da Epagri com a cultura. Segundo o pesquisador Fábio Zambonim, ela é adaptada ao nosso clima, é rústica e tem ciclo de corte rápido. “Dois a quatro anos depois do plantio, já pode ser colhida”, diz ele. Originária da Austrália, a planta gosta do clima quente e chuvoso do Norte Catarinense e tem agradado os agricultores da região, onde se concentra a produção no Estado.

Em 2016 o cultivo de palmáceas garantiu o sustento de 1,6 mil famílias de agricultores em Santa Catarina. As lavouras, que mais parecem florestas, cobriam 4,4 mil hectares do litoral catarinense e rendiam quase 20 milhões de hastes de palmito por ano. A maior parte foi processada em 50 agroindústrias, de onde saíram, anualmente, 36 milhões de vidros de conserva destinados ao comércio dentro e fora do país. No  Norte do Estado, o palmito é a terceira cultura agrícola mais importante depois do arroz e da banana. A região de Joinville responde por 80% da produção estadual.

Por conta da importância e das vantagens da palmeira-real-da-austrália, o foco dos estudos da Epagri é direcionado para essa espécie. Em um trabalho que virou referência no País, os pesquisadores desenvolveram o sistema de produção completo para o cultivo e agora concentram os esforços em melhoramento genético.

Fonte: Agrolink c/Inf. Assessoria