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Gestão Florestal e Mapas – Uma Abordagem Unificada

Por Moisés Rabelo Azevedo*

A gestão dos processos e áreas florestais, por se tratar de uma atividade majoritariamente agrária que compreende grandes extensões de terras, vem sempre associada a um controle espacial, tanto das áreas produtivas quanto das não produtivas (áreas ditas de outros usos).  Neste sentido, o uso de ferramentas computacionais para geoprocessamento, conhecidas como Sistemas de Informação Geográfica (SIG), para suporte ao planejamento e controle desses processos, torna-se imprescindível e muitas empresas se veem na obrigatoriedade de adotarem uma ferramenta SIG e integrá-la com o seu Sistema de Administração Florestal (SAF).

Historicamente, esta é a solução padrão que a indústria vem adotando: um Sistema de Administração Florestal (SAF) mais um Sistema de Informação Geográfica (SIG) e um conjunto de ferramentas e funcionalidades desenvolvidas para integrar as duas bases de dados.

Figura 1: Modelo tradicional de arquitetura de intergeração SAF 🡨🡪 SIG

A complexidade da integração SAF 🡨🡪 SIG, varia em função da complexidade dos processos florestais de cada empresa, mas em geral têm-se, pelo menos, um mapeamento entre as informações tabulares das unidades produtivas (talhões) e seus respectivos polígonos. Já em empresas com alto grau de maturidade em seus processos florestais, esta integração envolve desde o aspecto fundiário (Imóveis, matrículas, etc.), passando pelas informações de Cadastro Florestal de uso do solo e ativos biológicos até informações operacionais de formação florestal e suprimento de madeira.

Quanto mais maduros os processos florestais de uma empresa, mais complexo é o desenvolvimento da ferramenta de integração SAF 🡨🡪 SIG. Todavia, como trata-se de sistemas nativamente separados, sempre haverá um gap entre as funcionalidades e regras de negócio de ambos. O exemplo clássico é o da divisão-unificação de talhão, onde para o SIG, trata-se apenas de uma divisão de um polígono qualquer, enquanto do pondo de vista florestal, existe um impacto enorme considerando todas as informações associadas ao talhão (material genético, solo, produtividade, operações, ocorrências, etc.) e que devem ser devidamente tratadas juntamente com o processo de divisão-unificação citado.

A partir do cenário descrito surge a seguinte pergunta:

E se, no lugar de partirmos de bases/sistemas separados, pudéssemos estender, uma base de dados espaciais considerando todas as regras florestais de modo a não temos mais dois sistemas e sim somente um que suportasse as regras espaciais e florestais simultaneamente?

Teríamos o melhor dos mundos, pois não precisaríamos de integração uma vez que SAF e SIG seriam um só sistema!

Figura 2: Modelo de Sistema de Administração Florestal e SIG Unificados.

Bom demais para ser verdade? Soluções Florestais e SIG são escopos naturalmente distintos? Atualmente já existem soluções que trabalham os dois sistemas de modo unificado.

O CFForest, desenvolvido pela Trimble em parceria com a principal fornecedora de solução SIG do mundo (ESRI), é um exemplo. Ele é um Sistema de Administração Florestal unido com a base de dados geográficos e todas as regras de negócios e entidades florestais. A partir desta solução, a ferramenta ESRI agora segue nativamente as regras de negócio que gerenciam a produção florestal ao mesmo tempo que o sistema florestal atende todas as regras de controles espaciais associadas às suas entidades.

Figura 3: ESRI ArcGis Pro sendo executado diretamente do Trimble CFForest. Todos os recursos ESRI disponíveis e obedecendo as regras de negócio florestais numa abordagem unificada. No exemplo, uma divisão de talhão no ArcGis Pro, nativamente desencadeia todos os processos correlatos no CFForest.

Apesar de essa abordagem parecer inovadora para o nosso mercado, o CFForest é uma solução extremamente madura e amplamente utilizada pelas grandes empresas florestais no mundo. Além disso, o CFForest é uma solução multiplataforma que atende a todos os requisitos de governança corporativa dos mercados florestais mais exigentes. Além disso, possui um grande número de outras características como ESG e Florestas de Precisão.

*Moisés Rabelo Azevedo, é gerente operacional da Divisão Florestal da Trimble e Cientista de Computação com pós em Inteligência de Negócio. Tem experiência de 28 anos no setor florestal.

Fonte: PG1

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